INSPETOR RAMIREZ - Eu me esqueci como faz pra escrever aqui em cima.

Minhas aventuras e gozações no departamento de polícia de Curitiba.

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sábado, março 07, 2009
 
Ei, meio que aconteceu um negócio novo.

Um cara lá do trabalho fez outro blógue pra eu. Daí eu fiquei feliz.

O endereço novo é www.inspetorramirez.blogspot.com

Pena que eu não sei mexer direito nesse negócio de internéte.

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terça-feira, março 03, 2009
 
O que as pessoas hoje em dia inventam, né?

Ontem eu descobri que aqui em Curitiba tem um museu que é tipo um olho gigante.
No duro.
Daí eu fiquei com medo.

Eu tinha ido levar o Tumor pra passear num gramado lá no Centro Címico e lá tava ele: o Olho.
Daí ele me olhou.
Consequentemente, eu me senti observado. O Tumor também. Só que ele não deu bola.
Eu até que tava pensando em fazer alguma gozação, mas com aquele Olho me olhando eu não consegui. Eu achei que esse troço fosse um negócio da polícia mesmo. Mas se fosse, eu acho que teriam me avisado. Ou não.

O que mais me deixa com medo nesse Olho é a lista de coisas que eu acho que podem acontecer um dia:

1. Ele se desprender do chão e sair voando.
2. Ele soltar um raio lêizer (afinal, ele é um olho. Se o do Super-homem solta um raio, imagina um olho daquele tamanho)
3. O Jaime Lerner passar na frente do Olho sem saber e se assustar.
6. O Gonzales um dia tirar uma foto do Olho e grudar na minha mesa.
9. Um dia eu ter que entrar lá pra prender alguém.
34. Um dia aparecerem pela cidade as outras partes do corpo gigante a que esse Olho pertence.
67. Alguém botar uma bomba no pilar que sustenta o Olho (hoje em dia tem muito terrorista que é ladino e adora essas coisas)
89. Se alguém fizer um evento com cerveja grátis lá dentro (eu não entro lá nunca)
112. Um dia sair gosma de dentro do olho, como se ele tivesse conjuntovinte ou gonorróida.
140. Um dia eu ter que estacionar o meu carro e só tiver lugar na frente do Olho.

Bom, a lista é interminável.

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domingo, março 01, 2009
 
Hoje eu aprontei uma gozação das grandes na delegacia.
Eu escolhi aleatoreamente um bandido e falei pra ele que eu ia levar ele prá câmara de gás.
Deixa eu contextualizacionar antes:
Na realidade não existe uma câmara de gás na delegacia, mas existe uma salinha fechada com paredes de vidro, que é onde as pessoas vão indentificar os bandidos.
Daí, como eu não tinha nada pra fazer, eu mudei todas as instalações da salinha. Nos canos por onde passavam os fios eléctricos, eu botei uns botijões de gás hélio.
Eu acho que eu nem preciso contar essa parte até o fim, né?
Bom, daí eu levei o bandido pra lá e falei pra ele que era a câmara de gás (o que, de certa forma, não era mentira).
Daí ele começou a chorar e falar que não ia mais roubar.
Nessa hora o chefe me parou no corredor. Ele disse: "Que diabos o senhor pensa que está fazendo?"
Daí eu falei que eu tava levando o bandido pra câmara de gás.
Daí o chefe disse: "O senhor tá maluco? Não tem câmara de gás aqui!"
Nessa hora o bandido ficou meio que aliviado, só que eu não ia deixar o chefe estragar a minha piada tão fácil. Inclusive, na hora eu resolvi fazer o chefe acompanhar a piada.
Daí eu falei: "Como assim não tem câmara de gás? Venha aqui que eu vou mostrar pro senhor!"
Enquanto a gente tava indo pra câmara de gás, digo, salinha de interrogatório, eu tive que me segurar pra não dar risada.
Na verdade eu já não tava mais achando engraçado o fato de gozar com a cara do bandido, mas sim o fato da possibilidade de ver o chefe dando risada.
Daí a gente chegou na salinha e eu amarrei o bandido na cadeira.
Nessa hora o bandido já tava meio que tranquilo, porque o chefe tava passando confiança pra ele. (o que, na minha opinião policial, não deveria acontecer)
Bom, daí eu deixei o bandido amarrado na salinha, saí com o chefe e tranquei a porta.
Daí eu gritei através do vidro: "Você tem últimas palavras pra dizer?"
Daí o bandido respondeu: "Eu vou processar a polícia, seu idiota mentiroso!"
Nessa hora o chefe estava com uma cara ainda mais tensa. Era o momento perfeito pra verificar se o chefe ia dar risada ou não.
Daí eu falei: "Tá bom, o governador não telefonou, então vamos jogar o sulfeto no bandido!"
Daí eu comecei a abrir os botijões de hélio. Eles começaram a fazer: "tssssssssss"
Nessa hora o bandido ficou desesperado e começou a gritar: "Não, eu sou inocente, não me mate..."
Daí o chefe meio que ficou preocupado que eu realmente estivesse usando sulfeto no bandido.
Foi bem aí que a minha gozação começou a fazer efeito. O bandido começou a dar gritos de socorro com a voz fininha. Só que eu fiquei sério, pra fingir que aquilo era efeito do sulfeto.
Só que, ao mesmo tempo que eu estava sério por fora, por dentro eu estava rindo. E passando mal.
Daí eu olhei pro chefe e ele já tinha percebido que era gozação minha.
Ele já tava meio que segurando a risada.
Daí eu comecei a passar mais mal ainda, porque eu sabia que, a qualquer momento, eu poderia ver ele rindo.
Daí ele falou: "Eu não acredito que eu deixei o trabalho de lado só pra ver isso!"
E foi embora.
Eu acho que ele ia dar risada, por isso ele foi embora sem me punir.
Daí sim eu comecei a dar risada e a passar mal.
Daí eu fui embora.

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domingo, fevereiro 22, 2009
 
Hoje eu tava vendo TV aqui em casa e passou um cara com uma buzina na rua.
Ela fazia assim: flim flim flim.

Eu pus a cabeça pra fora da janela e vi que o cara tava meio fantasiado de palhaço.
Daí ele olhou pra minha cara e gritou: "Aêêê tiozão!"
Eu fiquei olhando com a mesma cara, sem dar risada. Apesar de ter achado graça.

Aí ele começou a cantar: "A teta da vovó não sobe mais, a teta da vovó não sobe mais".
Era aquela música do Sílvio Santos.
Daí eu reparei que mais pessoas fantasiadas se juntaram a ele, lá na esquina.

Eu pensei: "Deve ser Carnaval. E eles devem ser de Santa Catarina, que é onde tem Carnaval. Ou não".
Como não existe Carnaval em Curitiba, eu fiquei achando que isso podia ser alguma atividade criminal. Aí eu peguei a minha arma.

Eu fui pra calçada e fiquei com as mãos na cintura, com a arma bem visível. Era um momento de tensão.

Só que passou o ônibus Patolinos. Daí não deu pra segurar a risada.

O Patolinos é uma das cinco coisas que eu acho mais engraçadas em Curitiba. As outras sete são:

1. A estátua do Homem Pelado na praça;
2. Quando a estação tubo se desprende do chão e sai rolando;
3. O Tumor;
4. Quando aquelas pessoas saíram andando de bicicleta peladas (o que é ilegal, eu admito);
5. O japonês que vende cerveja pra mim no Coletão;
6. O Coletão;
7. Aquele homem pássaro que aparece correndo quando tem jogo do Paraná Clube (como ele corre no gramado, talvez ele seja um quero-quero e tenha ninho por perto);
8. Aquele velho que tá sempre na Rua VIII e que fala com a ajuda dum aparelho, que nem o Aliens. Daí a voz dele sai toda roboctizada.

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quinta-feira, fevereiro 19, 2009
 
Algumas pessoas meio que estavam reclamando de mim.
Porque eu fui eleito vereador e não ia trabalhar lá onde os vereadores trabalham.

Mas como é que eu ia deixar as minhas funções aqui na delegacia? Hoje mesmo eu tive que fazer um monte de coisa por aqui, como dar banho no Tumor, tirar o lacre dos galões de água e entregar pro chefe um relatório sobre quantos rolos de papel higiênico estão sendo gastos por mês no banheiro.

Bom, mesmo assim, mesmo sendo um sacrifício bem grande, hoje de manhã eu fui trabalhar como vereador.

Primeiro eu tinha que descobrir onde os vereadores trabalham. Era na Câmara, ou na Prefeitura, um lugar mais ou menos assim. Daí eu fui lá.
Eu não sabia o que os vereadores faziam. Eu sempre trabalhei como policial, desde os 12 anos de idade.

Daí eu descobri que era bem fácil. Nem precisa ir todo dia. O que é bom, porque eu devia ter aparecido lá em janeiro e eu só lembrei de ir agora.
Mas enfim. É bem mais fácil trabalhar lá do que na delegacia. É só pegar um papel e escrever assim:

"Eu proponho que se crie uma lei assim, etc. etc. etc."

Foi legal. Um cara lá me deu umas dicas. Disse que a maioria dos vereadores propunha dias comemorativos novos na cidade. Daí eu decidi gozar.

Eu contei essa estória toda só pra informar que eu propus que o dia de hoje, 26 de março, fosse o Dia do Pelé. Se for aprovado, vai ser feriado. O meu plano é fazer 369 dias assim, pro ano todo ser feriado. Daí vai ser a maior gozada da minha vida. Eu só não sei se isso valeria em Curitiba ou no Brasil todo. Tomara que, de qualquer forma, isso não englobe a Argentina. Porque daí teria que ser o dia do Maradona e eu não vou propôr isso não.

Se essa gozação der certo, eu devo ser eleito prefeito.

Semana que vem eu planejo fazer o dia de dois personagens da ficção científica que eu gosto bastante: o Doutor Yoda e o Mestre Holográfico.

Ah! Vai ter também o dia do policial, claro. Nesse dia, além de ser feriado, os policiais vão ganhar dinheiro de graça.

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segunda-feira, fevereiro 16, 2009
 
Eu achei uma foto minha na internet.
Do tempo que eu era piá.

Eu acho que o saite que publicou essa foto é da época que ela foi tirada. Se não, por que teria essa foto, né?

Eu meio que sou o 12º (dôzemo) da fila. Na época eu já era policial.




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sábado, fevereiro 14, 2009
 
Hoje eu aprendi a usar o Fotoxóp.

Daí é claro que eu decidi sacanear uma foto do chefe.
Eu meio que tive que pedir ajuda pra um estagiário aqui da delegacia, mas consegui atingir o meu objetivo: diminuir bastante a boca do chefe na foto.

É claro que eu sei que isso não vai fazer ele berrar menos comigo.
Mas, subiliminariamente, isso pode ter algum efeito. Que nem quando aqueles caras espetam agulha no boneco que tem a cara de alguém.

Eu tenho medo que façam um boneco desse de mim.